Biomarcadores de efeito e as suas potencialidades no diagnóstico

Biomarcadores ou marcadores biológicos podem ser definidos como alterações celulares, bioquímicas ou moleculares mensuráveis em meios biológicos, tais como tecidos, células ou fluidos; sendo por isso determinantes quantificáveis de eventos biológicos que permitem a discriminação entre condições biológicas normais e anormais. Não são per se medidas de doença/saúde mas possuem um caracter preditivo experimentalmente e cientificamente comprovado. Idealmente devem ser acessíveis, idealmente não invasivos, não destrutivos e fáceis de quantificar e pouco dispendiosos. Existem várias classificações de biomarcadores, de acordo com o seu objetivo, tais como: de diagnóstico, prognóstico, predição (à terapêutica), tumorais, entre outros. Numa perspetiva mais clássica, existe a divisão dos biomarcadores em exposição, efeito e suscetibilidade individual.

Na generalidade, os biomarcadores de efeito refletem a interação de uma substância química com os recetores biológicos, sendo utilizados diariamente na confirmação de diagnósticos clínicos. Com o propósito da prevenção, um biomarcador de efeito considerado ideal, é aquele que mede uma alteração biológica em um estágio ainda reversível (ou precoce), quando ainda não existe uma condição de doença. Uma das categorias de biomarcadores de efeito estudadas são os biomarcadores de genotoxicidade, que dizem respeito ao dano no DNA e que incluí uma panóplia de endpoints que podem ser medidos, tais como: quebras nas cadeias de DNA e oxidação (passíveis de serem quantificadas por comet assay), ensaio dos micronúcleos por citocinese, aberrações cromossómicas, aneuploidia, adutos de DNA, entre outros.

Pretende-se ressalvar as aplicações de biomarcadores de efeito, especificamente de genotoxicidade, como ferramenta de diagnóstico e/ou coadjuvante de diagnóstico.

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